Ao fazer uma pesquisa para umas ilustrações que ando a fazer, deparei-me com estas belíssimas imagens. Plásticas para quê? Haverá algo de mais genuino do que estas senhoras?
Eugénio de Andrade escreveu este poema sobre as velhas da minha terra. (Ele nasceu na aldeia onde vivem os meus pais- Póvoa de Atalaia)
Mulheres de preto
Há muito que são velhas,
vestidas de preto até à alma.
Contra o muro defendem-se do sol de pedra;
ao lume furtam-se ao frio do mundo.
Ainda têm nome?
Ninguém pergunta,
ninguém responde.
A língua, pedra também.
1 comentário:
escrevo-lhe sempre assim o nome, EuGénio, porque o adoro simplesmente. as fotos das velhas são lindas.
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